Bridgestone vai sair do Brasil? Empresa demite funcionários

A Bridgestone, uma destacada fabricante de pneus, anunciou recentemente que irá encerrar parcialmente suas operações no ABC Paulista. Sua linha de produção de pneus para carros, situada em Santo André (SP), será fechada, mas, será que a Bridgestone vai sair do Brasil? Empresa demite funcionários.

Sendo assim, essa decisão resultará na demissão de cerca de 600 funcionários, aproximadamente 18% do total de 3,4 mil trabalhadores que estão envolvidos na produção desses produtos. A previsão é que esta transição seja concluída até o final do ano corrente.

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Bridgestone vai sair do Brasil? Empresa demite funcionários

Embora a Bridgestone esteja encerrando a produção de pneus para carros de passeio na sua planta de Santo André, ela não irá interromper completamente essa linha de produção. A empresa planeja realocar essa produção para sua unidade industrial em Camaçari, na Bahia. Conforme anunciado recentemente em um comunicado oficial, espera-se que essa transição ocorra no decorrer do ano atual.

É importante notar que a planta na Bahia já produz pneus para caminhonetes e SUVs, e agora também assumirá a linha de produção de pneus para carros de passeio. De acordo com o comunicado oficial, esta decisão é resultado de uma avaliação contínua do negócio e do mercado, visando garantir a competitividade da empresa e a melhor distribuição de recursos.

Em relação ao impacto nos empregos, a Bridgestone destacou que essa mudança levará a um ajuste em sua equipe no ABC, e que está colaborando com o sindicato e seus funcionários para minimizar as consequências desta decisão para a equipe da linha de produção afetada.

Por sua vez, o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região anunciou que está conduzindo reuniões ao longo do dia, em todos os três turnos de produção, com o objetivo de comunicar a situação e explorar alternativas aos cortes planejados.

Diminuição constante do ABC no setor automobilístico

O ABC Paulista, região que inclui as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano, está gradativamente perdendo sua relevância no setor automotivo, que historicamente foi um importante gerador de empregos na área.

A região sofreu um golpe significativo em 2019 com o fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, que atualmente pertence a uma empresa construtora. A Toyota, por exemplo, já há muitos anos utiliza a sua fábrica em São Bernardo do Campo apenas para a produção de componentes. A empresa até transferiu sua sede administrativa, que estava localizada nessa cidade, para a unidade em Sorocaba, no interior de São Paulo, em 2021.

Posteriormente, a montadora japonesa confirmou que irá encerrar completamente as operações na unidade de São Bernardo do Campo, que foi a primeira instalação da marca fora do Japão. A produção de componentes será redirecionada para outras unidades da Toyota, como as de Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz, todas no estado de São Paulo.

Além disso, em 2022, a Mercedes-Benz anunciou a demissão de 3,6 mil trabalhadores, embora tenha recontratado parte deles nos meses seguintes. Lula considera financiamento para impulsionar a adoção de veículos elétricos no Brasil. BYD, fabricante chinesa, está em negociações para expandir suas operações no Brasil, considerando a possibilidade de instalar uma fábrica de veículos elétricos na Bahia.

Veja quais os planos futuros da empresa:

Na última semana, o governador baiano Jerônimo Rodrigues (PT) e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se encontraram com executivos da empresa. Com intuito de discutir detalhes da potencial inauguração de uma nova unidade da gigante asiática em território brasileiro.

Segundo o governador Rodrigues, os planos da BYD para a Bahia e para o Brasil são ambiciosos. Ele revelou que a empresa chinesa tem o objetivo de estabelecer no estado a maior fábrica de montagem fora da Ásia, para atender tanto o mercado brasileiro quanto o latino-americano.

O governador indicou também que a montadora apresentou algumas condições para a viabilização do projeto. Uma delas seria a implementação, pelo governo federal, de linhas de crédito para incentivar a compra de veículos elétricos por taxistas, motoristas de aplicativos e cidadãos de baixa renda.

O objetivo é estabelecer uma política nacional que incentive os veículos elétricos, permitindo cumprir os compromissos internacionais ambientais e gerar empregos.

Outra solicitação feita pela empresa chinesa é que tanto a União quanto o governo baiano se comprometam a adquirir veículos elétricos para suas frotas, incluindo viaturas, ambulâncias e ônibus escolares e de transporte público. A isenção do IPVA, outro pedido da BYD, já está sendo avaliada pelo governo da Bahia.

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